A EB1 de Travanca comemorou esta
época de uma forma muito tradicional
Durante duas
semanas, antes da interrupção de carnaval, os alunos desta escola fizeram
máscaras com pasta de papel, com a colaboração de uma encarregada de educação –
Ana Oliveira- das assistentes operacionais e dos professores das AEC.
Naturalmente que os professores titulares também estiveram muito envolvidos!
Afinal, o
projeto desta escola era comemorar esta data de uma forma mais tradicional.
Como tal, os alunos fizeram uma pesquisa sobre o Entrudo de Lazarim e de
Podence. Esta escola escolheu não festejar esta data com carnavais de imitação
mas com um corso adaptado às nossas características culturais. Por isso,
escolheu duas terras transmontanas que serviram de objeto de estudo do carnaval
em Portugal. Podence, freguesia do concelho de Macedo de Cavaleiros, celebra um
dos carnavais mais conhecidos em Portugal e as máscaras dos caretos de Podence
são muito típicas. Em Lazarim, uma aldeia do concelho de Lamego, onde também o
entrudo tem vida com as suas máscaras de madeira, igualmente singulares.
Outra característica deste carnaval mais tradicional é que as pessoas se fantasiem com muita imaginação e criatividade, usando roupas velhas, emprestadas, rasgadas… Por isso, os alunos, com a ajuda dos seus familiares chegaram à escola sem fatos alugados e sem máscaras compradas. Entraram pelo portão da escola, bonecas, médicos, dançarinas de rancho, bebés, velhos, « skaters», futebolistas, empregadas de mesa, criadas, reis, pescadores, pobres…
Com a
pesquisa que os alunos do 4º ano fizeram, ficámos a saber que um dos costumes
destes carnavais mais tradicionais é a presença de um compadre e de uma
comadre. O compadre representa os rapazes e a comadre, as raparigas. Estas
figuras têm o papel de dizer malandrices acerca dos jovens solteiros. As nossas
assistentes operacionais- D. Irene e D. Cristina- fizeram o nosso compadre e a
nossa comadre, com palha e tecidos.
( Fotos)
Então, os alunos do 4º ano, também
quiseram escrever algumas quadras sobre os colegas:
(quadras)
Claro que
estas quadras escritas com alguma malícia, são lidas em voz alta num momento em
que se chama «Testamento». Também nós recriámos este momento na escola, com a
leitura das quadras, em que os meninos fizeram o papel de compadres e as
meninas, de comadres.
Portanto, na
6ª feira, dia 28 de fevereiro, esta escola teve um dia muito preenchido. Pela
manhã, fomos dar um passeio pelas ruas da freguesia. À tarde, desfilámos na
sala de aulas e houve uma entrega de prémios para os alunos fantasiados com
maior criatividade. O vencedor de cada ano de escolaridade recebeu um livro do
escritor Alexandre Parafita. Depois deste desfile, recriou-se o momento do
«Testamento» e finalizou-se, esta comemoração, com a queima do compadre e da
comadre. Os bonecos queimados foram feitos pela Mariana do 4º ano, com a ajuda
dos seus familiares. Não quisemos queimar os compadres feitos pelas
assistentes, porque estavam muito bonitos!
No fim,
todos os alunos estavam muito contentes!
É preciso
referir que no início do projeto, alguns alunos não ficaram muito entusiasmados
mas no final, todos reconheceram que o Carnaval na nossa escola foi vivido com
muita alegria associada ao conhecimento.
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